NAS UNHAS ESMALTE PRETO
EU CANTO PORQUE O INSTANTE EXISTE E A MINHA VIDA ESTÁ COMPLETA. NÃO SOU ALEGRE E NEM SOU TRISTE: SOU POETA.
CECÍLIA MEIRELES.
Escrevo com a velocidade dos sentimentos que se embaralham no meu peito. As vezes escrevo vários poemas num dia e noutros nem mesmo um. Tem dias que estou em paz, mas noutros a angustia me arrebenta por dentro. Nada me passa despercebido! Enquanto eu ainda tiver alguns dos meus sentidos, pego caneta e papel, tenho a ânsia de escrever. Nosalai é um pseudônimo que eu criei juntando dois codinomes que minha mãe costumava me chamar. Escrevo desde os 12 anos de idade, por isso, não coloco as datas em todos os meus poemas. Ah sim, eu só uso esmalte preto!
Sobre Mim
- Nosalai
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Sou mutante. Adoro o negro e a cor do sangue! Não consigo usar sempre o mesmo perfume e nem mesmo o mesmo sabonete. Meu coração grita por liberdade. Vivo todos os sentimentos intensamente. Eu não conheço meio termo. Sou mística e exotérica. Posso ser gótica ou angelical.Tenho a sensibilidade a flor da pele e um sexto sentido de bruxa. Gosto das coisas boas! Estou sempre de bem com a vida. Adoro rir! Pessoas inteligentes me atraem. Impaciência faz parte de mim.
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre
Clarice Lispector
quarta-feira, 18 de março de 2009
LILÁSES
LILÁSES
Enquanto meu rosto era neve
Eu acalmava o teu verão
E nas minhas mãos suaves
Eu retia o teu suor injusto
O passar do tempo
Que fatalidade!
Deteve consigo egocentricamente
Todos aqueles momentos
Sinto amargura no peito
Pela falta daquele amor que fomos nós
E a dor do que somos agora
Massacrados pela dureza da vida
Peças pra zombaria do tempo
Coisa que não deu certo
Em mim já não florescem mais aqueles lilases.
Nosalai RJ
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3 comentários:
Adorei esse poema. muito lindo embora pesado. xx
Precioso verso y preciosas estas lilas.
besitos desde Barcelona.
Quando leio teus poemas, sinto uma tristeza doce e leve. Muito lindo Amiga!
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